A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Verde alertou nesta quinta-feira (20) que o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, apontou que entre o início de janeiro e a primeira quinzena de junho deste ano, houve um aumento significativo nos casos de coqueluche em todo o Brasil.
Também conhecida como “tosse comprida”, a coqueluche se manifesta em maior grau entre crianças de até um ano de idade. Os sintomas iniciais são parecidos com os de uma gripe comum, com febre baixa e mal-estar. Se não for tratada corretamente, evolui para crises de tosse seca, com cinco a dez tossidas em uma inspiração. Na terceira fase os sintomas como febre baixa e mal-estar diminuem, entretanto, a tosse pode persistir por meses.
Altamente contagiosa e transmitida pelas gotículas de saliva expelidas durante a fala, a doença pode se espalhar para entre 12 e 17 pessoas a partir de um contaminado. A prevenção é feita por meio de vacina, disponível no Sistema Único de Saúde como parte do calendário de vacinação infantil de rotina e também para gestantes e profissionais de saúde.
“Mais uma vez enfatizamos a importância da imunização como prevenção às doenças que podem, e devem ser eliminadas por meio da imunização”, disse a gerente de Vigilância em Saúde, Cristiane Simões. “A vacina protege não só o indivíduo, mas garante uma proteção coletiva e atua contra a transmissão. Quando há um número expressivo de vacinados, o vírus encontra dificuldades para circular”, explicou ela. “Por isso é fundamental imunizar o máximo de pessoas”, reiterou.
De acordo com Cristiane Simões, em razão do momento, em que o quadro epidemiológico é preocupante, o imunizante está sendo distribuído também a pessoas que trabalham com crianças de até 4 anos, como cuidadores, babás e professoras do berçários e creches.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde informou, a imunização de crianças contra a coqueluche se dá por meio da vacina pentavalente, que previne também com difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenza B. Também é usada na imunização contra a coqueluche a vacina DTP, que protege contra difteria e tétano. Para crianças, a imunização da coqueluche é feita por meio da vacina pentavalente (que previne contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenza B) e DTP (contra difteria, tétano e coqueluche).
Cristiane Simões explicou que a vacina pentavalente deve ser aplicada em três doses, sendo a primeira aos dois meses, a segunda aos quatro e a terceira aos seis meses de vida. A DTP, por sua vez, é ministrada como reforço aos15 meses e aos 4 anos. “Gestantes e profissionais da saúde devem receber a vacina dTpa (versão acelular da vacina contra difteria, tétano e coqueluche). No caso das gestantes, a vacina deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, para que, com isso, forneça proteção também aos recém-nascidos”.