Campo Verde realizou na última sexta-feira (21), a segunda edição do Tour da Fibra ao Fio, com o objetivo de apresentar a possíveis investidores do ramo têxtil, todo o potencial do município no setor e verticalizar a cadeia produtiva do algodão.
Doze empresários participaram do evento, que começou na noite de quinta-feira (20) com um coquetel na sede da Associação Mato-grossense dos Municípios e terminou com visita técnica a fazendas produtoras de algodão, usina de beneficiamento, laboratório de classificação e fiações instalados em Campo Verde.
A iniciativa da Administração Municipal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, foi elogiada por representantes de entidades representativas do setor industrial de Mato Grosso, por integrantes do Governo do Estado e representantes da Assembleia Legislativa. Segundo eles, o Governo Estadual apoia a proposta de Campo Verde em verticalizar a cadeia da cotonicultura.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, Sérgio Antunes, enalteceu a iniciativa da Administração Municipal em buscar “empresas que são referências no mercado” para conhecer o potencial da cadeia têxtil em Campo Verde. “Eu li a relação dos nomes e falei: que serviço bem feito”, destacou. “A Federação das Indústria é parceira, apoia a Prefeitura de Campo Verde”, afirmou.
Fábio Garcia, secretário da Casa Civil, observou que Mato Grosso é o maior produtor de algodão do país e um dos maiores do mundo, mas que ainda caminha lentamente no processo de industrialização da fibra, cenário, que segundo ele, necessita ser mudado para que o estado possa, por meio da geração de empregos no setor, transformar a vida das pessoas através da geração de renda. E a realização do Tour da Fibra ao Fio, é um começo para que o atual cenário possa ser modificado.
Presidente do MT-Par, Werner Santos, considerou como importante a realização do Tour da Fibra ao Fio por proporcionar não somente aos empresários, mas também ao Governo do Estado, o acesso a informações sobre como está o setor têxtil em Mato Grosso para que, dessa forma, possam ser implantadas ações e mecanismos que alavanquem a verticalização da cadeia da cotonicultura mato-grossense.
“O Governo apoia, quer entender melhor como funciona esse combo. O Estado pode estar fomentando isso. Então esse dia de hoje é importante [para]a gente abrir essa discussão, estar propondo alguns estudos dentro do Estado, estudo de viabilidade”, disse ele.
O deputado estadual Beto Dois a Um, elogiou o processo de desenvolvimento de Campo Verde e salientou que as ações implantadas no município apresentam resultados positivos. “Não é à toa que Campo Verde vem sendo tão protagonista no desenvolvimento do Estado”, frisou ele.
O resultado da segunda edição do Tour da Fibra ao Fio, de acordo com o secretário municipal de desenvolvimento econômico, Henrique Soares, foi alcançado. Para ele, o saldo foi extremamente positivo.
“Realmente a gente mostrou o potencial do município, a capacidade produtiva, os incentivos”, destacou. “E acreditamos que a gente despertou, realmente, algum interesse voltado à expansão, voltado a ampliação da fábrica. Aquilo que pode ser de vantagem de estar presente no estado de Mato Grosso e no Município de Campo Verde”.
O secretário-adjunto de Agronegócio e Investimentos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Anderson Lombardi, frisou que o prefeito Alexandre Lopes de Oliveira é um entusiasta da industrialização do algodão e que o Mato Grosso é o maior produtor da fibra no Brasil, mas reconheceu que, no entanto, não processa a maior parte da produção, transformando apenas 3% da pluma em produto acabado o semiacabado.
“Essa pergunta do porquê, nós não somos a maior indústria do algodão, nós paramos de fazer e começamos a agir, junto com o prefeito Alexandre”, frisou ele. “E, junto com ele, estamos fazendo de tudo o possível e impossível para poder fazer com que Mato Grosso seja o maior produtor em fio, em tecido, e, confecções, gerando assim, cada vez mais empregos e renda para a sociedade. E Campo Verde sempre na frente ajudando a desenvolver esse setor do algodão”, completou.