Moradores destacam realização de mutirão de saúde no Córrego do Ouro

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Moradores das comunidades Córrego do Ouro, Mata-Mata e região, destacaram a iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Verde em realizar um mutirão de atendimento à população nesta quarta-feira (30).

Durante todo o dia, os moradores, na sua maioria agricultores familiares, poderão realizar exames para identificação de infecções sexualmente transmissíveis, aferição de pressão arterial, vacinação, curativos e consultas médicas – inclusive de pediatria, além de acesso a medicamentos e informações sobre o atendimento ofertado pelo Centro de Apoio Psicossocial (CAPS).

Cláudio de Jesus é morador do Córrego do Ouro e elogiou a realização do mutirão, algo que segundo ele, nunca havia sido realizado. “Muito bom. Antigamente nós não tínhamos, agora, como passou para Campo Verde ficou melhor. Agora nós temos médico, nós temos tudo aqui. Ficou bom para nós”, afirmou ele. Cláudio aproveitou o mutirão e realizou todos os exames que estão sendo ofertados.

A Comunidade do Córrego do Ouro, assim como a da Mata-Mata, Bigorna, Bom Jardim e parte do Assentamento Santo Antônio da Fartura passaram a integrar a área territorial de Campo Verde há cerca de dois meses, após a aprovação de uma Lei pela Assembleia Legislativa que redefiniu a divisa do Município com Santo Antônio de Leverger e Cuiabá.

Morando há 7 anos no Córrego do Ouro, dona Maria Auxiliadora do Nascimento também realizou uma série de exames e destacou a realização do mutirão. “Uma maravilha, uma benção de Deus”, disse ela. “Esses exames que estão tendo, nunca teve”, acrescentou a moradora.

A secretária municipal de Saúde e vice-prefeita Edna Queiroz da Silva, enfatizou que o mutirão está tendo a participação da faculdade de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, do Hospital Municipal Coração de Jesus – gerido pelo Instituto São Lucas e da Escola de Enfermagem Enfetec. “Como eu sempre falo: são várias pessoas trabalhando juntas para entregar o melhor para a população. E é a saúde mais próxima de você”, frisou. Os atendimentos do mutirão seguem até as 17h00. A meta é atender pelo menos 200 pessoas.

Paracoccidioidomicose – Durante a realização do mutirão de saúde na comunidade do Córrego do Ouro, está sendo ofertado exame sorológico para o diagnóstico de uma doença de nome estranho: Paracoccidioidomicose, transmitida por um fungo existente na terra.

A doença, que ataca os pulmões e outras partes do corpo, causando lesões e outros sintomas, como tosse, rouquidão e perda de peso, é transmitida pelos fungos paracoccidioides brasilienses e paracoccidioides lutzil, que acabam sendo inalados pelo trabalhador durante o manejo do solo.

De acordo com a professora do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, Olívia Cometti Favalesa, que está participando do mutirão de saúde no Córrego do Ouro, a paracoccidioidomicose pode levar à morte ou deixar sequelas, porém, é curável se diagnosticada precocemente.

“Nós estamos aqui hoje para fazermos testes de sorologia, que é um exame feito através do sangue para identificar esse fungo que causa essa doença”, explicou. O tratamento da paracoccidioidomicose é feito via oral, com comprimidos, e dura seis meses.

Olívia informou também que a UFMT está desenvolvendo um projeto para diagnosticar precocemente a doença. O trabalho está sendo financiado pela Fundação de Ampara à Pesquisa de Mato Grosso e pela Secretaria Estadual de Saúde.

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