Entre 2020 e 2022, o Brasil, assim como o resto do mundo, viveu o pesadelo da pandemia do Coronavírus. Tendo passado cerca de dois anos depois que as vacinas contra o vírus da covid-19 começaram a ser utilizadas, os casos de contaminação e de mortes pela doença reduziram drasticamente.

No entanto, o vírus ainda continua circulando entre a população. Em razão disso, o Ministério da Saúde lançou novamente esta semana, um protocolo de cuidados que devem ser adotados afim de evitar o contágio pelo coronavírus.

Uma das recomendações contidas no novo protocolo é a aplicação de uma dose de reforço da vacina bivalente para pessoas com mais de 60 anos ou imunocomprometidas que tenham acima de 12 anos e que tenham sido vacinadas há mais de 6 meses.

“As condições pós-covid, também conhecida como Covid longa ou outras sinonímias, é uma realidade que afeta milhares de pessoas no mundo. Nesse momento, evitar a infecção com as medidas não-farmacológicas, aliadas à vacinação em dia, são importantes aliados na diminuição de possíveis riscos da Covid-19 e suas sequelas”, explica a gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Verde, Cristiane Simões. As recomendações do MS, de acordo com Cristiane Simões, podem ser atualizadas conforme o cenário da doença.

As recomendações a seguir devem ser seguidas pela população e por profissionais de saúde:

Estar com a vacinação em dia e com a caderneta de vacinação atualizada

“A vacina contra a Covid-19 está disponível para toda a população elegível acima de 6 meses de idade, lembrando que para a vacinação entre 6 meses e 4 anos de idade foi incluso o PNI- por tanto, é uma vacina de rotina, com comprovação da sua eficácia”, enfatiza Cristiane Simões.

Quem apresentar sintomas de síndrome gripal com agente etiológico, deve se manter em isolamento domiciliar (tempo depende do agente etiológico).

Usar máscara para evitar a transmissibilidade, seja no domicílio (se residir com outras pessoas), seja em locais com outras pessoas ou no transporte público;

Evitar ao máximo o contato com pessoas de risco;

Buscar atendimento médico e testagem;

Manter a ventilação, a limpeza e a desinfecção adequadas dos ambientes;

Importante ressaltar que pessoas com sintomas de síndrome gripal devem fazer a testagem para Covid-19 a partir do segundo dia do início dos sintomas. Em caso de resultado negativo, mas com continuidade dos sintomas gripais, é indicado a realização do reteste para o SARS-CoV-2T no quarto ou quinto dia a partir do início dos sintomas.

“Resultados positivos podem ser detectados dias depois do início dos sintomas em virtude da resposta imunológica, da carga viral e das características intrínsecas do indivíduo”, alerta a Gerente de Vigilância em Saúde.

Testei positivo, e agora?

Se o teste para Covid-19 der positivo, é preciso que a pessoa fique isolada por um período de 7 dias, reduzível para 5, caso não registre febre nas últimas 24 horas ou testar negativo no 5º dia.

Monitorar os sinais de agravamento da doença e procurar um serviço de saúde caso os sintomas se acentuem;

Após o retorno ao trabalho ou outro ambiente coletivo como escola, creche, transporte público, serviço de saúde, usar máscara até completar 10 dias do início dos sintomas a fim de evitar a transmissão para outras pessoas;

Nesse período de retorno ao trabalho, caso necessite retirar a máscara, é preciso manter distanciamento das pessoas de risco;

Se for idoso acima de 65 anos ou imunossuprimido acima de 18 anos, procurar uma Unidade Básica de Saúde para receber o tratamento prescrito pelo médico.

As medidas não farmacológicas integradas para reduzir os riscos de infecção ou disseminação do Corona Vírus ou de outros vírus respiratórios, preconizadas pelo Ministério da Saúde são:

Usar máscaras de qualidade;

Manter boa ventilação dos ambientes;

Evitar aglomerações e ambientes fechados ou mal ventilados;

Higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão.

O que fazer para reduzir o risco de agravamento, complicação e morte pela Covid-10?

Somente usar medicação após avaliação médica, devido à possibilidade de interações com outras medicações e possíveis contraindicações à sua utilização;

Tive contato próximo com pessoas contaminadas pelo Covid-19, o que fazer?

Usar máscara (cirúrgica ou PFF2/N95) devido ao risco de estar infectado e transmitir o vírus nos próximos 10 dias após o último contato com o caso confirmado;

Reforçar as medidas de prevenção não farmacológicas: higienização das mãos, limpeza dos ambientes e etiqueta respiratória;

Fazer o auto monitoramento dos sintomas e, se apresentar algum sintoma gripal, fazer o teste de covid-19.

Uso de máscaras – Cristiane Simões explica que os respiradores de proteção PFF2 são mais eficazes na proteção contra o Covid-10, seguido pelas máscaras, KN95. As máscaras cirúrgicas são opção, mas proporcionam menor proteção.

“As máscaras não devem ser usadas por crianças menores de dois anos ou pessoas que tenham dificuldade para respirar, que estejam inconscientes, incapacitadas ou que tenham dificuldade de remover a máscara sem ajuda”, enfatiza a gerente de Vigilância em Saúde.

Quem deve, onde e por quê usar máscara?

Pessoas com fatores de risco para complicações por doenças respiratórias (em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades);

Em situações de maior risco de infecção por vírus respiratórios, como: locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e em serviços de saúde;

Profissionais que trabalham diretamente com idosos ou pessoas com comorbidades (ex: instituições de longa permanência);

Profissionais de saúde, de acordo com as recomendações da Anvisa;

Na ocorrência de surtos de síndrome gripal em determinado local ou instituição, recomenda-se o uso de máscara por todos os indivíduos do mesmo ambiente, independentemente de apresentarem sintomas, devido ao potencial risco de transmissão por pessoas assintomáticas;

Qualquer pessoa, acima de 2 anos de idade, que queira se proteger da infecção por vírus respiratórios.

Pessoas com sintomas gripais ou para pessoas que tenham tido contato próximo com pessoas com doenças respiratórias;

Pessoas com diagnóstico laboratorial positivo para covid-19 (por teste de antígeno ou biologia molecular), inclusive assintomáticas.

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