Um dos municípios onde mais se produz algodão no Brasil – somente na safra 2024/2025 foram 91 mil hectares cultivados – a cotonicultura e o potencial têxtil de Campo Verde, impressionaram um grupo de representantes de empresas que atuam em vários segmentos do setor em Santa Catarina.
O grupo, formado por 18 profissionais, participou do tour do Programa da Fibra ao Fio, desenvolvido pela Prefeitura de Campo Verde por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Durante a última quinta-feira (26), os visitantes estiveram em uma fazenda produtora de algodão, conheceram o processo de produção de sementes, conheceram lavouras, acompanharam a colheita e visitaram uma algodoeira e uma indústria de fios. Campo Verde é o maior polo têxtil de Mato Grosso, com 23 algodoeiras e duas grandes fiações em operação que produzem mensalmente 2,5 mil toneladas de fios. À noite, o grupo prestigiou a primeira edição da Campo Verde Fashion Week.
O Programa da Fibra ao Fio está em sua terceira edição e tem como objetivo, conectar o setor produtivo ao industrial. “Eu nunca tinha visto uma lavoura de algodão antes. Só em vídeo e fotos. Eu tinha muita curiosidade de conhecer”, contou o gerente de pesquisa e desenvolvimento da RVB, empresa que atua na fabricação de malhas, Douglas Florêncio Domingos.
A tecnologia aplicada na produção das lavouras do plantio à colheita surpreendeu Douglas. “A minha impressão foi maior do que eu imaginava. Ver a grandiosidade disso é uma coisa indescritível. Saber de onde vem todo o produto que a gente faz e vende está sendo muito bom”, afirmou ele.
Gerente industrial de uma empresa que fabrica fios na cidade de Brusque, Rigon Pereira de Souza também não conhecia o processo de produção do algodão. O que viu durante a visita a Campo Verde o surpreendeu e fez com que ele entendesse todo o sucesso do agronegócio brasileiro. “Está sendo engrandecedor”, disse ele. “Eu não imaginava. É lindo demais”, afirmou.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Henrique Soares, o resultado da visita dos representantes de empresas de Santa Catarina a Campo Verde foi positivo. “A visita à lavoura, a parte de beneficiamento de sementes, é muito importante porque a gente mostra pra eles o que antecede o processo industrial”, disse o secretário.
Henrique destacou também que ao apresentar o processo de produção do algodão, abre-se possibilidades de investimentos no setor industrial. “Mostrando a potencialidade do município de Campo Verde, onde você consegue ficar próximo da matéria-prima, próximo do local onde é o início da cadeia [têxtil], pode abrir novas oportunidades”, disse.
Henrique salientou ainda que nos últimos quatro anos, a Administração Municipal tem investido na estruturação do município e na formação da mão-de-obra, visando atrair empresas do segmento têxtil. “E principalmente de incentivos, tanto estaduais quanto municipais para que as empresas tenham aqui segurança em poder se instalarem”, ressaltou.
A visita às diversas etapas da produção de algodão e fios, foi acompanhada também por vereadores e representantes do Senai, Fiemt e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.